domingo, março 13, 2011

“De tanto postergar o essencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.” Hadj Garm’Orin

Em 26 de abril de 1986 aconteceu o pior acidente nuclear do mundo, na usina nuclear de Chernobyl (leia mais AQUI), agora 11 de março de 2011, em Fukushima parece que infelizmente a história se repete.
No Brasil estão tentando ressucitar a todo custo essa matriz energética suja e radioativa, que pode até ser menos poluente se pensarmos no imediatismo capitalístico, mas que de fato traz muitos riscos a saúde ambiental.  Sem falar na mineração de urânio e outros minérios radioativos.
Sabe aquele dizer que errar é humano, mas persistir no erro … pois é … depois os ambientalistas que são eco-inconvenientes…Quando vamos de fato pensar em processos que pressupõe Soberania Energética? Até quando vamos tratar as ditas fontes alternativas de energia, como mera alternativas e não como políticas públicas de fato a serem implementadas e priorizadas em detrimentos das fontes de energia poluidoras e degradantes?
Hiroshima, Nagasaki e agora Fukushima
Explosão em usina nuclear japonesa deixa feridos e aumenta chances de contaminação radioativa
TÓQUIO – O governo japonês confirmou o vazamento radioativo proveniente de uma explosão ocorrida neste sábado na usina nuclear Fukushima Daiichi, em Okumamachi, na província de Fukushima, um dos locais mais afetados pelo terremoto de magnitude 8,9 que gerou um tsunami devastador na costa nordeste do Japão, onde o número de mortos pode passar de 1.700. A informação foi confirmada pelo porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, que se apressou a dizer que o reator não fora atingido. A companhia de eletricidade japonesa Tokyo Electric Power (Tepco) também confirmou o incidente e adiantou que planeja preencher o reator com água do mar para esfriá-lo e reduzir a pressão na unidade. (Leia também: Forte tremor atinge área de usinas nucleares em alerta no norte do Japão )
( Governo japonês realiza megaoperação de resgate e ajuda humanitária; mortos podem passar de 1.700 )
A direção do vento na região da usina é outro fator que preocupa as autoridades japonesas. Durante todo o sábado, ele soprou do sul em direção ao continente e assim pode causar danos ao meio ambiente e à população que vive no entorno. No entanto, a agência meteorológica local garantiu que a direção do vento pode mudar mais tarde para que ele sopre do noroeste em direção ao mar.
A zona de evacuação da região afetada foi estendida em um raio de 20 quilômetros. A agência de inspeção nuclear da ONU solicitou com urgência informações sobre a dimensão do vazamento de radiação do reator, cujo recipiente é feito de aço e revestido por um edificio de concreto. A explosão teria acontecido por conta do desabamento deste revestimento e foi mostrada em imagens da TV pública NHK. De acordo com a empresa, há pessoas feridas.
- Ainda estamos investigando a causa e a situação e vamos explicar tudo ao público quando houver mais informação – disse Edano.
( Acompanhe momento a momento a repercussão do terremoto no Japão e da tsunami causada pelo abalo )
A agência de inspeção nuclear da ONU disse estar ciente das informações da explosão e que está “urgentemente” solicitando informações às autoridades do país.
Uma autoridade da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não deu maiores detalhes.
- Estamos cientes das informações da imprensa e estamos urgentemente solicitando maiores informações – disse a autoridade à Reuters.
O Japão declarou estado de emergência em duas usinas nucleares depois de uma falha no sistema de resfriamento de cinco reatores – dois na planta Fukushima 1 e três na vizinha Fukushima 2 -, em decorrência do forte terremoto. As cinco instalações foram fechadas e a agência nuclear ordenou a liberação de vapor levemente radioativo para reduzir a pressão e proteger os reatores de danos. No total, o país tem 55 reatores fornecendo cerca de um terço da eletricidade do país.
A central nuclear Fukushima 2 está localizada a 12 km da central Fukushima 1, onde a sala de controle de um reator registrou, pela manhã, um nível de radioatividade 1 mil vezes superior ao normal, de acordo com a agência de notícias Kyodo. Segundo medição feita num posto de controle próximo ao portão principal da usina, os níveis de radiação fora de Fukushima 1 aumentaram oito vezes nas últimas horas. Os dois complexos nucleares encontram-se a cerca de 270 km ao norte de Tóquio.
- É possível que o material radioativo na cúpula do reator possa vazar para o exterior, mas a quantidade deve ser pequena, e o vento soprando em direção ao mar será levado em conta – disse o chefe de gabinete do governo, Yukio Edano, em entrevista coletiva concedida antes da explosão da manhã deste sábado.
A agência de segurança nuclear diz que o elemento radioativo no vapor a ser liberado não vai afetar o ambiente e nem oferece risco à saúde. Apesar disso, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ordenou remover toda população em um raio de 20 km do complexo nuclear. Citando o Ministério da Indústria, a agência de imprensa Jiji afirmou cerca de 45 mil foram orientadas a deixar a região.
VEJA O MOMENTO DA EXPLOSÃO


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